sábado, 22 de janeiro de 2011

Querido John

Melhor que possuir algumas coisas é idealizá-las. Acho que isso acontece com todo mundo: você quer muito um celular, ou qualquer outra coisa, daí quando você finalmente consegue, ele perde a graça. Ou então, você quer muito que seja lançado um novo cd, um novo livro, e quando você finalmente pode conferir a novidade, ela nem é lá grandes coisas. O que aconteceu comigo foi com um filme.


Eu já tinha ouvido falar da história, sabia que era bonitinha. Vi o trailer, gostei. Fui à locadora algumas vezes e ficava admirando a capa do dvd, mas eu sabia que imaginar como realmente seria a história a deixaria bem melhor do que vê-la. Por isso hesitei tanto em locar.
Porém, um dia, vencida pela curiosidade, finalmente aluguei "Querido John" convicta de que seria mais uma história do garoto americano que vai pra guerra e deixa a mocinha aos prantos, morrendo de saudade e de medo de perder o grande amor da sua vida. E de histórias assim o fim só pode ser dois: ou ele morrerá na guerra e a mocinha sofrerá até o fim dos seus dias, ou ele será um herói americano e voltará para os braços de sua amada para viverem felizes para sempre.
Não falarei qual das opções é o final do filme, para não perder a graça para quem ainda não assistiu, mas de qualquer forma eu esperava mais. Não vou falar que é ruim, porque filmes água com açúcar numa tarde de tédio vão sempre bem, além disso, achei as cenas da praia muito bem filmadas. Mas mesmo assim faltou algo que tocasse o meu coração e me fizesse sentir a dor do casalzinho (o que geralmente me ocorre nesse tipo de filme e me deixa com aquela sensação triste pro resto do dia - quando o filme é convincente). Porque tirando a história bonitinha da lua cheia, que com certeza eu lembrarei e levarei comigo por um bom tempo, faltou algo que me cativasse na história toda.
Enfim, eu nem achei o John tão querido assim e teria saído mais satisfeita se apenas o tivesse idealizado.

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