sábado, 23 de julho de 2011

Eternamente diva

       Durante um tempo da minha vida achei que gostar muito de uma celebridade era bobagem. Eles estão distantes e há tantas pessoas no mundo que os amam de uma forma extrema sem que eles nunca fiquem sabendo. Porém, hoje, acho que isso se assemelha muito a se apaixonar: é idiota enquanto não acontece com a gente. 
     Pois bem, eu não sou uma fã desesperada, não perco a compostura, mas entendi o porquê de gostar tanto de pessoas que, de tão diferentes e deslumbrantes, parecem não fazer parte do mesmo mundo que a gente. E eu entendi quando comecei a ouvir Amy Winehouse. Na verdade, não só ouvir, porque admirar Amy Jade Winehouse apenas pelas músicas era admirá-la superficialmente. Pois, além da voz, havia uma mulher incrível com suas marcas registradas: cabelo e maquiagem nos olhos, vestidos curtíssimos, sapatilhas de balé,  dancinha fora do ritmo. Tudo isso montava a Amy Winehouse e não importava se ela estivesse com a maquiagem mal feita, bêbada ou sem um dente, ela continuaria sendo motivo de admiração.
       Pra ser uma diva não é preciso estar sempre impecável sobre o salto, a roupa engomada, a maquiagem retocada e o cabelo penteado. Ser uma diva, pra mim, é se impor, mostrar a que veio; atrair fãs e admiradores; ter talento e personalidade. Coisas que a Amy não só teve, como manteve durante toda a sua carreira "conturbada", como insistem em dizer por aí. Amy Winehouse é a minha diva. Na verdade, ela sempre foi, desde quando há uns 5 anos atrás, quando ela ainda não era conhecida pelo mundo, baixei uma música dela por engano, me interessei e viciei.  
     No dia 14 de setembro do ano passado, dia em que Amy comepletou 27 anos, a mídia comentava sobre seu aniversário e eu fiquei extremamente irritada, pois ao invés de comemorar a data, comparavam-na com astros que haviam morrido ao 27 anos e diziam que ela estava entrando em uma idade perigosa. Eu alimentava as mais fortes esperanças. Ela nunca se preocupou em agradar ninguém, muito menos em ser igual aos outros, por que agora ela iria "seguir à regra"? 
       O mais estranho de pensar que não haverá mais novos cds de Amy Winehouse, nem novos escândalos é pensar que, realmente, não haverá mais Amy Winehouse. Quando eu for mais velha e ter meus filhos, eles ficarão abismados por eu gostar de uma mulher tão "distinta" que cantava soul music e a diva Amy será, para eles, como o Elvis, por exemplo, é pra mim. Eu vejo os meus pais e as pessoas comentando sobre o quanto ele era talentoso, mas, por mais que eu goste das músicas e veja vídeos, eu nunca entenderei o que é ver e viver o talento de Elvis Presley. Assim, será também a Amy: as gerações futuras nunca entenderão o que foi ver a Amy dizendo "No, no, no" para a Rehab.

      Para terminar a minha homenagem à diva das divas, deixarei duas músicas. A primeira uma das minhas músicas preferidas "Tears Dry On Their On" e a segunda, não é da autoria da Amy, mas eu gosto muito da sua versão e é uma música que tem um significado importante pra mim: "Will You Still Love Me Tomorrow?".

Com vocês, Amy Winehouse.