segunda-feira, 3 de julho de 2017

Coletânea Dois Lados - Uma homenagem ao Skank

Neste ano, o Skank completa 25 anos de carreira e, para homenagear o 1/4 de século de uma das principais bandas de pop/rock do Brasil, um novo álbum acaba de ser lançado.

Mas não, não estamos falando de mais um álbum do quarteto composto por Samuel Rosa, Henrique Portugal, Lelo Zaneti e Haroldo Ferreti . Estamos falando de "Dois Lados", uma coletânea com 32 músicas do Skank, cantadas por 34 artistas diferentes. É isso mesmo! Artistas de 15 Estados brasileiros foram convidados a escolherem e gravarem de forma independente uma música da banda mineira e, claro que o resultado ficou incrível! 


As 32 músicas selecionadas foram divididas em dois álbuns, que não serão comercializados, mas podem ser acessados nas plataformas digitais (inclusive, eles já estão disponíveis!). Algumas canções que tiveram uma nova versão gravada em "Dois Lados" foram "Três Lados", "Te Ver", "Vou Deixar", "Esquecimento", "Tanto", "Sutilmente" e várias outras, que, com certeza, já embalaram bons e maus momentos da vida de muita gente. 

Um das releituras que chamou a minha atenção foi "Formato Mínimo". Esta música está bem longe de ser um dos grandes hits do Skank, mas, certamente, faz parte da minha lista de preferidas da banda. Na coletânea "Dois Lados", lançada no final do mês de junho, a canção, que fala sobre a efemeridade das relações, foi regravada pelo Fernado Anitelli (poeta e vocalista d'O Teatro Mágico e também uma das minhas pessoas preferidas do mundo musical). 

Além de Anitelli, outros nomes conhecidos (ou não tão conhecidos assim) marcaram presença com suas interpretações  álbuns 1 e 2 de Dois Lados. Entre eles estão Esteban Tavares, Anavitória, Dani Black, Wado e Phill Veras, além dos curitibanos A Banda Mais Bonita da Cidade, Ana Larousse e Leo Fressato. 

A coletânea Dois Lados relembra alguns sucessos do Skank e, de quebra, te apresenta alguns artistas do cenário musical da atualidade, que valem à pena serem ouvidos e apreciados!


Leia também: 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

I'm back!

    Você percebe que está crescendo (para não dizer envelhecendo) quando a frase "o tempo está passando muito rápido" começa a fazer parte da sua vida. Você lembra da ceia de Natal como se tivesse sido ontem à noite, mas quando para para pensar, percebe que já é metade do ano. Você fica um tempo sem encontrar um amigo, pensando que faz apenas alguns meses que não se encontram, mas quando para para fazer os cálculos, percebe que já passou um ano sem o ver. Você lembra de todos os detalhes daquela viagem inesquecível como se tivesse acontecido no mês passado, e quando vai ver, ela aconteceu em dezembro do ano retrasado. 
    Eu me pego pensando (e me assustando) sobre a passagem rápida do tempo com uma certa frequência. E hoje aconteceu de novo. Uma vontade de escrever sobre o que dá vontade, de me comunicar com quem quer que seja bateu e eu resolvi matar a saudade do Pitacos Pertinentes. Porém, ao entrar na página e dar uma olhada nos últimos posts, veio a grande surpresa: há quatro anos que não posto nada! 
    Eu tinha noção que fazia um tempo, mas não quatro anos! Quanta coisa aconteceu em quatro anos?! Quantas coisas que eu vivi poderiam ter dado origem a um belo texto?! Quantas coisas eu já achei que foram motivos para um belo texto e hoje acho que não faz sentido algum?! O tempo está passando rápido demais e eu não estou percebendo! 
     O lado bom disso tudo é que. se não dá para voltar no tempo, podemos pelo menos tentar correr atrás do tempo perdido. Podemos marcar um encontro por mês para matar a saudade do amigo, podemos fazer novas viagens e criar novas experiências inesquecíveis, podemos tirar a poeira acumulada e a voltar a escrever no blog.

E é isso que eu vou fazer, afinal, o Pitacos Pertinentes está de volta! 

terça-feira, 23 de julho de 2013

Dois anos sem Amy

      Não importa se as atualizações do PP estão devagar, quase parando, ou se ele está abandonado. Dia 23 de julho é dia sagrado de postagem. É dia de homenagear Amy Winehouse!


       O tempo passou rápido. Ainda lembro o que escrevi no post de 2011, ano em que ela morreu. Lembro também do que escrevi ano passado. Para esse ano, a homenagem é singela. Sem sofrer, nem criticar ninguém. A função desse post é celebrar a vida de Amy Winehouse e o grande legado que elas no deixou. Para isso, nada melhor do que ouvir suas músicas, já que a cantora dedicou tanto de sua vida à elas.



      Aliás, se o negócio é homenagear, a livraria Saraiva de Natal está fazendo isso com muito sucesso. Nos próximos cinco dias estará rolando uma homenagem à cantora diva dos delineadores e cabelo de colmeia na livraria. Vinte e sete quadros, de diversos artistas brasileiros e internacionais, retratando a cantora britânica, ficarão expostos. O evento, que foi organizado pelo fã clube de Amy Winehouse, tem como objetivo divulgar a obra "27 Rosas" do pintor tcheco Peter Jurik, que será vendida na internet, com exclusividade aos fãs brasileiros. Ainda não há nada certo, mas há previsões de que a exposição chegue em outros estados do Brasil. Eu fico na torcida que Curitiba seja palco da homenagem!


       E as homenagens não param por aí. Desde o início do mês de julho está acontecendo no Jewish Museum, em Londres, a exposição "Amy Winehouse - Um Retrato de Família", em que o público pode conferir livros, cds e até imãs de geladeira da cantora. O museu fica localizado em Camden Town, cidade londrina em que fica localizada a casa que Amy foi encontrada morta há dois anos atrás. 
       A ideia da exposição - que conta também com roupas, sapatos e acessórios da musa que se tornou referência em estilo e ousadia - surgiu da família, após doarem um vestido de Amy ao Museu. 

E vamos de música:



R.I.P, Amy!

domingo, 30 de junho de 2013

A Menina Sem Qualidades

      A Menina Sem Qualidades é a primeira série de dramaturgia produzida pela MTV Brasil. Com 12 episódios, que foram exibidos entre os dias 27 de maio e 14 de junho, a série foi dirigida por Felipe Hirsch, e tem o enredo baseado no livro homônimo da escritora alemã Juli Zeh. 
       Eu comecei assistir a série de forma meio aleatória: apareceu um anúncio no facebook, o nome chamou minha atenção e comecei a ver. Não li a sinopse, nem sabia que a série era uma grande aposta do canal - que, segundo boatos, está passando por um momento de crise.  Sem saber do que se tratava, comecei sem expectativas e confesso que o primeiro episódio me agradou, me deixou intrigada e me fez querer ver a continuação. 
       A partir do segundo episódio eu comecei a me decepcionar. Desde então, fiquei pensando que esse seria um assunto pra trazer aqui para o Pitacos. Com muita preguiça (e tédio!), cheguei ao décimo segundo episódio. Queria ter certeza sobre o que ia escrever e alimentava uma esperança de que a série voltaria a me agradar. 


      Pois bem, não tenho muito o hábito de correr atrás do que as pessoas postam sobre as séries que eu vejo, mas A Menina Sem Qualidades, muitas vezes me fez pesquisar para ver o que as pessoas estavam achando, se elas compartilhavam dos mesmos pensamentos que eu. A conclusão que cheguei é que teve muita gente que achou genial, e teve muita gente, que assim como eu, não gostou - e os motivos geralmente eram os mesmos. 
      Umas das coisas que mais me incomodou em todos os episódios foram os diálogos. Achava todos eles extremamente forçados. Ninguém tem comportamentos e conversas iguais as que a série apresentava. Desde a conversa da Ana com a mãe, com o namorado ou com os professores. Ninguém mantém aquele tipo de comportamento, e essa falta de realidade, me impedia de entrar na história que estava sendo contada. 
        Os personagens falavam com um sotaque que não me convencia, e que tornava a série menos real ainda. De todos, os que mais me incomodavam, era o do personagem Alex. Quanto à atriz principal, Bianca Comparato, atriz que já fez novelas na Globo e, n'A Menina Sem Qualidades viveu a personagem principal Ana, sua atuação não foi capaz de criar em mim um sentimento. Ana não era uma personagem que eu gostava, torcia ou me identificava. No entanto, eu também não a odiava e nem esperava que lhe acontece algo de ruim. Acho que me manter indiferente não só a ela, como aos demais personagens, foi um dos motivos para a série se tornar um tédio em muitos momentos. 
        Em um dos comentários que li durante minhas pesquisas foi de que a série era superficial. Ao fim dos 12 episódios, acho que essa é a melhor definição. A Menina Sem Qualidades trata da relação sexual entre aluna e professor, do relacionamento complicado entre mãe e filha, de uma menina que sofre bullying na escola. Se propõe a abordar tanta coisa, mas no final das contas, não sai da superficialidade de nenhum desses temas. Para mim, as coisas acontecem e de repente ficam sem explicação e resolução. O assunto é levantado e não é discutido. O resultado foi que a série acabou e eu fiquei cheia de interrogações.


Há qualidades

         Mas, não, a série não é de todo mal. Se a história não me conquistou, tenho que admitir que duas coisas foram muito bem abordadas e usadas, elevando o nível d'A Menina Sem Qualidades. A primeira delas: a forma com que foi filmada. Em muitas cenas, dava para perceber que tripés e suportes que dão estabilidade aos equipamentos foram deixados de lado, apostando no movimento de câmera. Há também filmagens em close up, ou mais abertas que apresentam bem os ambientes em que as cenas se passam. Acho que as apostas na forma de filmar acrescentou muita qualidade e linguagem à série, tornando-a mais dramática, mais intimista, dando suporte a atuação dos personagens.
       Várias cenas me chamaram a atenção ao longo dos 12 episódios, mas a que mais me marcou, aconteceu no décimo primeiro, em um momento que a Ana e o Olavo estavam sentados próximos da piscina, conversando. Quando eles se levantam, a câmera se movimenta com os personagens e, enquanto o diálogo continua, a câmera fica, por alguns instantes, filmando apenas a sombra dos dois projetadas na parede. Achei genial!
         O segundo ponto forte da série? A trilha sonora! Do início ao fim dos episódios, as músicas escolhidas são ótimas. Muitas, para não dizer a maioria, eu nem conhecia, mas eram tão boas e combinavam tanto com as cenas, que davam vontade de pausar o episódio para ir em busca das músicas para depois ouvi-las. Uma que me chamou a atenção, foi a versão da Video Game - da Lana Del Rey - e, n'A Menina Sem Qualidades aparece na voz de Boy George. Além de ser ótima, a música se encaixa perfeitamente na relação de Ana e Alex. Ponto para a produção!




      Eu assisti todos os episódios da série online, no site da MTV, o que eu acho que torna o canal digno de créditos. Além da comodidade de podermos assistir da forma e na hora em que bem entendermos, sem ter que baixar, os episódios eram disponibilizados no dia seguinte à exibição na televisão. No site, há ainda vídeos do making of, fotos e o melhor de tudo: a playlist de cada episódio. Para quem ainda não viu a série, ou está em busca das músicas, seguem os links abaixo. Enjoy it!



domingo, 16 de junho de 2013

Somos Tão Jovens

      Renato Russo não morreu. Está vivo nas salas de cinema do filme Somos Tão Jovens. Está vivo cedendo uma de suas principais composições como enredo para outro filme que também está sendo exibido nas telonas, o Faroeste Caboclo. Além dos filmes, está marcado para o final desse mês, um show em holograma. Em evidência, o cantor não sai da cabeça nem dos que não são seus fãs. O que não é meu caso, claro.
      Eu que não passo mais que uma semana sem ouvir uma música da Legião, estava contando as horas pra poder ver os filmes e, por isso, nada mais justo que comentar sobre eles aqui no Pitacos Pertinentes. Provavelmente o cantor ainda renderá assunto para o posts que virão posteriormente. Vamos começar, então, pela ordem cronológica das coisas.


      O filme Somos Tão Jovens estreou no dia 3 de maio e conta a história da juventude do Renato Russo – do período em que ele passa por uma cirurgia na perna, até a Legião começar fazer sucesso – e mostra o cantor compondo algumas músicas e encontrando sua identidade, em meio à criação de sua primeira banda, o Aborto Elétrico.
       Há quem diga que o filme não tem começo nem final, que queria ver a história do Renato na banda Legião Urbana – onde ele se consagrou como cantor e compositor. Eu não deixo de concordar com as duas afirmações. No entanto, no breve recorte que o filme traz, ele conta tantas coisas reveladoras -  que ajudam a entender não só aquele período, mas também as músicas que vieram posteriormente - que, pra mim, deixaram o filme ótimo.
      Outro fator que foi determinante para eu gostar do filme foi a ótima interpretação de Thiago Mendonça como Renato Russo.  O ator incorporou todas as caras, gestos e até a voz (!) do vocalista da Legião. Em algumas vezes causava até espanto. Tudo isso sem falar que as músicas não foram dubladas, Thiago aceitou o desafio dele mesmo cantar as canções e mandou muitíssimo bem!
       Achei que o filme cumpriu bem o papel que se propôs tratar. O ápice, pra mim, foi o momento da música Ainda é Cedo. Apesar de ser uma das minhas favoritas da banda, eu desconhecia o motivo de sua origem e quem era a pessoa que inspirou Renato a compô-la. Gosto muito quando eu interpreto uma música de uma forma e depois descubro, que o verdadeiro significado vai além do que eu imaginava, que é algo muito mais pontual. Com Ainda é Cedo foi exatamente assim. 
     Por fim, tenho que apontar outra qualidade do filme: a trilha sonora. Óbvio que em um filme que conta sobre a vida de Renato Manfredini Junior, a trilha sonora ia ser baseada nele e, portanto, seria ótima. Mas achei que a forma com que as músicas foram utilizadas foram muito importantes para construir a identidade do cantor e inserir o público na história. Pra começar, tem aquela abertura linda com fotos antigas e uma versão diferente de Tempo Perdido. Me arrepiou! Depois, só a parte instrumental das músicas compostas por Renato são utilizadas para marcar a passagem de tempo ou mudança de ambientes no filme. Não tinha como ser melhor!
     Eu saí da sala gostando ainda mais do Renato Russo e com vontade de ouvir todas as músicas já compostas por ele. Sem falar que, pra mim, é aquele tipo de filme que todas as vezes que eu ver ele passando terei que parar para assisti-lo. Ponto para o cinema nacional!

Pra encerrar bem, vamos de Ainda é Cedo: