terça-feira, 23 de julho de 2013

Dois anos sem Amy

      Não importa se as atualizações do PP estão devagar, quase parando, ou se ele está abandonado. Dia 23 de julho é dia sagrado de postagem. É dia de homenagear Amy Winehouse!


       O tempo passou rápido. Ainda lembro o que escrevi no post de 2011, ano em que ela morreu. Lembro também do que escrevi ano passado. Para esse ano, a homenagem é singela. Sem sofrer, nem criticar ninguém. A função desse post é celebrar a vida de Amy Winehouse e o grande legado que elas no deixou. Para isso, nada melhor do que ouvir suas músicas, já que a cantora dedicou tanto de sua vida à elas.



      Aliás, se o negócio é homenagear, a livraria Saraiva de Natal está fazendo isso com muito sucesso. Nos próximos cinco dias estará rolando uma homenagem à cantora diva dos delineadores e cabelo de colmeia na livraria. Vinte e sete quadros, de diversos artistas brasileiros e internacionais, retratando a cantora britânica, ficarão expostos. O evento, que foi organizado pelo fã clube de Amy Winehouse, tem como objetivo divulgar a obra "27 Rosas" do pintor tcheco Peter Jurik, que será vendida na internet, com exclusividade aos fãs brasileiros. Ainda não há nada certo, mas há previsões de que a exposição chegue em outros estados do Brasil. Eu fico na torcida que Curitiba seja palco da homenagem!


       E as homenagens não param por aí. Desde o início do mês de julho está acontecendo no Jewish Museum, em Londres, a exposição "Amy Winehouse - Um Retrato de Família", em que o público pode conferir livros, cds e até imãs de geladeira da cantora. O museu fica localizado em Camden Town, cidade londrina em que fica localizada a casa que Amy foi encontrada morta há dois anos atrás. 
       A ideia da exposição - que conta também com roupas, sapatos e acessórios da musa que se tornou referência em estilo e ousadia - surgiu da família, após doarem um vestido de Amy ao Museu. 

E vamos de música:



R.I.P, Amy!

domingo, 30 de junho de 2013

A Menina Sem Qualidades

      A Menina Sem Qualidades é a primeira série de dramaturgia produzida pela MTV Brasil. Com 12 episódios, que foram exibidos entre os dias 27 de maio e 14 de junho, a série foi dirigida por Felipe Hirsch, e tem o enredo baseado no livro homônimo da escritora alemã Juli Zeh. 
       Eu comecei assistir a série de forma meio aleatória: apareceu um anúncio no facebook, o nome chamou minha atenção e comecei a ver. Não li a sinopse, nem sabia que a série era uma grande aposta do canal - que, segundo boatos, está passando por um momento de crise.  Sem saber do que se tratava, comecei sem expectativas e confesso que o primeiro episódio me agradou, me deixou intrigada e me fez querer ver a continuação. 
       A partir do segundo episódio eu comecei a me decepcionar. Desde então, fiquei pensando que esse seria um assunto pra trazer aqui para o Pitacos. Com muita preguiça (e tédio!), cheguei ao décimo segundo episódio. Queria ter certeza sobre o que ia escrever e alimentava uma esperança de que a série voltaria a me agradar. 


      Pois bem, não tenho muito o hábito de correr atrás do que as pessoas postam sobre as séries que eu vejo, mas A Menina Sem Qualidades, muitas vezes me fez pesquisar para ver o que as pessoas estavam achando, se elas compartilhavam dos mesmos pensamentos que eu. A conclusão que cheguei é que teve muita gente que achou genial, e teve muita gente, que assim como eu, não gostou - e os motivos geralmente eram os mesmos. 
      Umas das coisas que mais me incomodou em todos os episódios foram os diálogos. Achava todos eles extremamente forçados. Ninguém tem comportamentos e conversas iguais as que a série apresentava. Desde a conversa da Ana com a mãe, com o namorado ou com os professores. Ninguém mantém aquele tipo de comportamento, e essa falta de realidade, me impedia de entrar na história que estava sendo contada. 
        Os personagens falavam com um sotaque que não me convencia, e que tornava a série menos real ainda. De todos, os que mais me incomodavam, era o do personagem Alex. Quanto à atriz principal, Bianca Comparato, atriz que já fez novelas na Globo e, n'A Menina Sem Qualidades viveu a personagem principal Ana, sua atuação não foi capaz de criar em mim um sentimento. Ana não era uma personagem que eu gostava, torcia ou me identificava. No entanto, eu também não a odiava e nem esperava que lhe acontece algo de ruim. Acho que me manter indiferente não só a ela, como aos demais personagens, foi um dos motivos para a série se tornar um tédio em muitos momentos. 
        Em um dos comentários que li durante minhas pesquisas foi de que a série era superficial. Ao fim dos 12 episódios, acho que essa é a melhor definição. A Menina Sem Qualidades trata da relação sexual entre aluna e professor, do relacionamento complicado entre mãe e filha, de uma menina que sofre bullying na escola. Se propõe a abordar tanta coisa, mas no final das contas, não sai da superficialidade de nenhum desses temas. Para mim, as coisas acontecem e de repente ficam sem explicação e resolução. O assunto é levantado e não é discutido. O resultado foi que a série acabou e eu fiquei cheia de interrogações.


Há qualidades

         Mas, não, a série não é de todo mal. Se a história não me conquistou, tenho que admitir que duas coisas foram muito bem abordadas e usadas, elevando o nível d'A Menina Sem Qualidades. A primeira delas: a forma com que foi filmada. Em muitas cenas, dava para perceber que tripés e suportes que dão estabilidade aos equipamentos foram deixados de lado, apostando no movimento de câmera. Há também filmagens em close up, ou mais abertas que apresentam bem os ambientes em que as cenas se passam. Acho que as apostas na forma de filmar acrescentou muita qualidade e linguagem à série, tornando-a mais dramática, mais intimista, dando suporte a atuação dos personagens.
       Várias cenas me chamaram a atenção ao longo dos 12 episódios, mas a que mais me marcou, aconteceu no décimo primeiro, em um momento que a Ana e o Olavo estavam sentados próximos da piscina, conversando. Quando eles se levantam, a câmera se movimenta com os personagens e, enquanto o diálogo continua, a câmera fica, por alguns instantes, filmando apenas a sombra dos dois projetadas na parede. Achei genial!
         O segundo ponto forte da série? A trilha sonora! Do início ao fim dos episódios, as músicas escolhidas são ótimas. Muitas, para não dizer a maioria, eu nem conhecia, mas eram tão boas e combinavam tanto com as cenas, que davam vontade de pausar o episódio para ir em busca das músicas para depois ouvi-las. Uma que me chamou a atenção, foi a versão da Video Game - da Lana Del Rey - e, n'A Menina Sem Qualidades aparece na voz de Boy George. Além de ser ótima, a música se encaixa perfeitamente na relação de Ana e Alex. Ponto para a produção!




      Eu assisti todos os episódios da série online, no site da MTV, o que eu acho que torna o canal digno de créditos. Além da comodidade de podermos assistir da forma e na hora em que bem entendermos, sem ter que baixar, os episódios eram disponibilizados no dia seguinte à exibição na televisão. No site, há ainda vídeos do making of, fotos e o melhor de tudo: a playlist de cada episódio. Para quem ainda não viu a série, ou está em busca das músicas, seguem os links abaixo. Enjoy it!



domingo, 16 de junho de 2013

Somos Tão Jovens

      Renato Russo não morreu. Está vivo nas salas de cinema do filme Somos Tão Jovens. Está vivo cedendo uma de suas principais composições como enredo para outro filme que também está sendo exibido nas telonas, o Faroeste Caboclo. Além dos filmes, está marcado para o final desse mês, um show em holograma. Em evidência, o cantor não sai da cabeça nem dos que não são seus fãs. O que não é meu caso, claro.
      Eu que não passo mais que uma semana sem ouvir uma música da Legião, estava contando as horas pra poder ver os filmes e, por isso, nada mais justo que comentar sobre eles aqui no Pitacos Pertinentes. Provavelmente o cantor ainda renderá assunto para o posts que virão posteriormente. Vamos começar, então, pela ordem cronológica das coisas.


      O filme Somos Tão Jovens estreou no dia 3 de maio e conta a história da juventude do Renato Russo – do período em que ele passa por uma cirurgia na perna, até a Legião começar fazer sucesso – e mostra o cantor compondo algumas músicas e encontrando sua identidade, em meio à criação de sua primeira banda, o Aborto Elétrico.
       Há quem diga que o filme não tem começo nem final, que queria ver a história do Renato na banda Legião Urbana – onde ele se consagrou como cantor e compositor. Eu não deixo de concordar com as duas afirmações. No entanto, no breve recorte que o filme traz, ele conta tantas coisas reveladoras -  que ajudam a entender não só aquele período, mas também as músicas que vieram posteriormente - que, pra mim, deixaram o filme ótimo.
      Outro fator que foi determinante para eu gostar do filme foi a ótima interpretação de Thiago Mendonça como Renato Russo.  O ator incorporou todas as caras, gestos e até a voz (!) do vocalista da Legião. Em algumas vezes causava até espanto. Tudo isso sem falar que as músicas não foram dubladas, Thiago aceitou o desafio dele mesmo cantar as canções e mandou muitíssimo bem!
       Achei que o filme cumpriu bem o papel que se propôs tratar. O ápice, pra mim, foi o momento da música Ainda é Cedo. Apesar de ser uma das minhas favoritas da banda, eu desconhecia o motivo de sua origem e quem era a pessoa que inspirou Renato a compô-la. Gosto muito quando eu interpreto uma música de uma forma e depois descubro, que o verdadeiro significado vai além do que eu imaginava, que é algo muito mais pontual. Com Ainda é Cedo foi exatamente assim. 
     Por fim, tenho que apontar outra qualidade do filme: a trilha sonora. Óbvio que em um filme que conta sobre a vida de Renato Manfredini Junior, a trilha sonora ia ser baseada nele e, portanto, seria ótima. Mas achei que a forma com que as músicas foram utilizadas foram muito importantes para construir a identidade do cantor e inserir o público na história. Pra começar, tem aquela abertura linda com fotos antigas e uma versão diferente de Tempo Perdido. Me arrepiou! Depois, só a parte instrumental das músicas compostas por Renato são utilizadas para marcar a passagem de tempo ou mudança de ambientes no filme. Não tinha como ser melhor!
     Eu saí da sala gostando ainda mais do Renato Russo e com vontade de ouvir todas as músicas já compostas por ele. Sem falar que, pra mim, é aquele tipo de filme que todas as vezes que eu ver ele passando terei que parar para assisti-lo. Ponto para o cinema nacional!

Pra encerrar bem, vamos de Ainda é Cedo:


domingo, 9 de junho de 2013

Não há nada mais lindo

      Se eu tivesse que definir Leo Fressato em uma frase, seria: Leo Fressato é pura poesia. Acho que nada o caracteriza tão bem quanto a palavra poesia! A sensação que eu tenho é que ele emana afeto e ternura. São tantas coisas boas que não tem como não se apaixonar.


      Talvez, começar a falar de Leo Fressato sem antes explicar quem ele é torne o texto um pouco confuso. Entendo se esse nome não soar tão familiar. Aliás, em entrevista para um um jornalista da Gazeta do Povo, ele mesmo comenta não ser muito popular. Mas certamente, seu canto doce no início da música Oração, da Banda Mais Bonita da Cidade, facilite para ligar o nome à pessoa.
      Isso mesmo. Leo Fressato é aquele que aparece no início do vídeo da música que virou um sucesso na internet, há dois anos atrás. Mas não, Leo Fressato definitivamente não é apenas um dos integrantes da Banda Mais Bonita. Aliás, nem parte da banda ele faz. Nunca fez. A relação que o cantor tem com a banda é de compositor. Pouca gente sabe, mas algumas das principais músicas cantadas por Uyara Torrente foram compostas pelo moço do cabelo encaracolado. Entre elas estão Canção para não voltar e A balada da bailarina torta
     Porém, pra mim, as melhores canções são as que ele mesmo canta. Sozinho. Ele e seu violão. E a poesia, óbvio. Impossível não se derreter com os versos "margaridas nas mãos/ venho armado até os dentes/ pra roubar seu coração/ e colocá-lo rente ao meu". Muito menos, como deixar passar despercebido o fato de "aprender a veranizar". Tudo isso, sem comentar sobre a parceria com a Ana Larousse na música Não há nada mais lindo. Em que, de fato, não há. 
      No texto "Os exageros de Leo Fressato", publicado pela Gazeta do Povo, é possível encontrar comentários de que, em suas apresentações, Leo apresenta traços do Renato Russo, Cazuza e Ney Mato Grosso. Ou ainda, citações de amigos que afirmam que, no palco, ele transborda. Todas essas características, Ana Larousse define com um neologismo: "fressetiano".
     Aliás, o ato de fressetiar pode ser acompanhado no facebook do cantor, que posta diariamente poesias e pensamentos soltos tão simples e doces como suas músicas. São doses diárias dos mais puros sentimentos, capazes de iluminar qualquer dia sombrio. 



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

The Carrie Diaries

        Antes mesmo de ir ao ar pela primeira vez, a nova série do canal The CW já contava com uma coisa a seu favor: ter como personagem principal a eterna Carrie Bradshaw, de Sex and The City. Somando isso à uma história leve e gostosinha, foi um pulo para The Carrie Diaries se tornar a nova queridinha no mundo das séries.


        A nova Carrie Bradshaw é vivida pela atriz AnnaSophia Robb que, com apenas 19 anos de idade, já possui uma lista extensa de trabalhos. No elenco também estão Katie Findlay, que viveu a personagem Rosie Larsen no seriado The Killing; Chloe Bridge, que fez algumas participações em New Girl, 90210 e Suburgatory; e Austin Butler, que vivia o Wilke em Switched at Birth antes de ser o Sebastian de TCD. 
       Juntos eles formam parte do elenco de The Carrie Diares, que se passa em 1984 e retrata a adolescência da Carrie. Mostrando sua evolução como a menina do subúrbio que começa a descobrir New York ao mesmo tempo em que está crescendo e passando pelas primeiras experiências de sua vida, como primeiro emprego, primeiro relacionamento, primeira transa. Tudo isso, tendo que lidar com a perda recente da mãe e com a irmã mais nova revoltada. 
     E já que se trata de Carrie Bradshaw, lógico que a série conta também com moda e bom gosto para as roupas. Além disso, a trilha 80's é outro ponto forte. Afinal, é sempre bom ouvir Girls Just Wanna Have Fun e Like a Virgin, entre outras várias coisas legais que são "desenterradas" por TCD. 


       Eu comecei a ver sem muita expectativa. A impressão que eu tinha era de que seria adolescente demais (o que talvez seja). Mas acabei gostando e me apegando. Outra coisa que pensei foi que lembrava muita à história de Jane by Design - série que contava sobre uma menina que gostava de moda e viva uma vida dupla: ora era a adolescente que sofria com o Ensino Médio, ora era a adulta que possuía um trabalho. Mas também passei a ter outra visão sobre The Carrie Diaries, já que por enquanto não tem sido muito abordado a questão do trabalho. 
       E, por fim, a minha última opinião, a qual ainda não consegui me desfazer, é a questão do figurino. A série passa nos anos 80 e é bem trabalhada dessa forma. Lógico que ninguém aparece usando celular, computador, ipod, tablets. A trilha sonora, como eu já falei, também reforça bastante a década. Mas no quesito roupas acho a série meio moderninha demais. Eu ainda não existia nos anos 80, então não sou autoridade no assunto. Sei que foi época do exagero e isso aparece bastante: a mistura de cores, estampas, tecido. Mas me parece usadas de uma forma moderna, de uma forma bem 2013. Olhando apenas as roupas dos personagens eu não diria que a série se passa a 29 anos atrás. Esse é o único ponto falho em TCD. De resto, vale à pena ver como teria sido a adolescência de Carrie Bradshaw. 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Cara Nova

     Eu não gosto muito de mudanças. Às vezes elas até são revigorantes, mas na maioria das vezes elas me parecem assustadoras. Mas mudar é importante! Importante para aprendermos coisas novas, conhecermos pessoas novas, lugares novos. Importantes para nos conhecermos melhor e ver o que está bom e o que precisa melhorar. Pra dar um up, uma cara/vida nova. Eu sei disso tudo, mesmo assim, sou relutante às mudanças. Porém, quando bate a vontade e a inspiração, ninguém me segura. E foi isso que aconteceu com o Pitacos Pertinentes: me dei conta que, depois de quatro anos do blog e dois com a mesma cara, chegou a hora de dar uma investida em um visual novo. Chegou a hora de dar tchau ao colorido das jujubas e apostar em um visual mais clean. É uma nova fase pro blog, e pra mim. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Pra sair da fossa

       Primeiro post do ano vem mudando as regras. Nada de lista de desejos, nada de fazer mil planos para chegar ao final do ano sem lembrar do que desejei. O primeiro post do ano precisava ser algo diferente, algo digno de estrear o Pitacos 2013. E hoje fui iluminada por uma das coisas mais gracinhas dos últimos tempos.
      A inspiração me veio enquanto vagava aleatoriamente pelos Tumblrs da vida. O que eu encontrei foi o 180 cartazes para sair da fossa. O tumblr, criado pela designer Lanna Collares, consiste em postar um cartaz por dia durante seis meses, que segundo a mãe da criadora da página e outros pesquisadores por aí, é o tempo que se leva para superar um trauma de amor, também conhecido como pé na bunda.
       Os cartazes são inspirados em letras de músicas que sempre vêm linkadas junto aos posts do dia. Ou seja, além de superar a fossa,você ainda aumenta o repertório do dia.